15 fevereiro, 2007

Albert Collins, o Mestre da Telecaster

Nascido em Leona, no Texas no dia 1 de outubro de 1932. Entre os anos de 40 e 50 foi quando absorveu o som e o estilo dos blues do Texas, Mississippi e Chicago, criando um estilo particular que agrega todos os três. Em 1952 formou sua primeira banda e passados 2 anos já era a atração principal de vários clubes e bares de blues em Houston, no Texas. Tempos depois, ainda na década de 50 ele escolheu a Fender Telecaster como seu instrumento e desenvolveu um estilo único usando uma afinação em tons menores, notes sustenidas e mesmo sem palheta conseguia uma pegada forte. Ele também usava com frequência um capotraste geralmente na 5º, 7º ou 9º casa.
Collins começou a gravar em 1960 e lançou alguns albuns, muitos deles instrumentais, como "Frosty". Na primavera de 1965 ele se mudou para Kansas City e fez nome por lá. Porém a maioria dos estúdios de Kansas se fecharam na metade da década de 60, o que fez com que ele se mudasse para São Francisco, na Califórnia. Lá tocou com o Canned Heat, que acabaram por levá-lo para a Liberty Records. Collins assinou o contrato e gravou em 1968 seu primeiro álbum pela Imperial Records, uma outra gravadora pertencente à Liberty.
Ele ficou na Califórnia por 5 anos e fez shows memoráveis em Fillmore e Winterland. Em 1973 Collins voltou para o Texas e formou uma nova banda, assinando com a Alligator Records em 1978. Ele gravou diversos álbuns pela Alligator, entre eles "Ice Pickin'", e só saiu de lá em 1990, quando assinou com a Pointblank Records.
Durante os anos 80 e o começo da década de 90 Collins fez diversas turnês pelos EUA, Canadá, Europa e Japão. Ele havia se tornado um músico muito popular e influenciou diversos artistas como Coco Montoya, Robert Cray, Gary Moore, Debbie Davies, Stevie Ray Vaughan, Johnny Lang, Susan Tedeschi, Kenny Wayne Shepherd, John Mayer e Frank Zappa.
Seu talento foi reconhecido em 1983 quando ele recebeu o prêmio W. C. Handy Award pelo álbum "Don't Lose Your Cool" como melhor disco de blues do ano. Em 1985 ele compartilhou um prêmio Grammy com Robert Cray e Johnny Copeland pelo álbum "Showdown!", gravado pelos três no mesmo ano. Depois de passar mal e cair em um show na Suíça, no final de julho de 1993, ele passou por uma série de exames e foi diagnosticado um câncer em seu pulmão que rapidamente passou para seu fígado. Os médicos lhe deram uma expectativa de vida de 4 meses apenas. Partes de seu último álbum, "Live '92/'93" foram gravadas em setembro. Ele faleceu pouco tempo depois, dia 24 de novembro.
Albert Collins será lembrado não somente pela quantidade de boas músicas de blues que lançou ao mundo, que serviram de influência para diversos artistas, mas também por suas memoráveis performances ao vivo. Um bom exemplo de sua forte presença de palco pode ser visto no filme Uma Noite de Aventuras (Adventures in Babysitting), aquele clássico da Sessão da Tarde onde uma babá cuida de três irmão e aprontam várias coisas noite afora, até parar por acidente no palco de um bar de blues, onde está Collins, que fala para os protagonistas: "Ninguém passa por aqui sem cantar um blues". Clássico!





Albert Collins - Iceman
Nem parece que ele toca sem palheta, pelo som tirado e a pegada que ele tem na sua Telecaster. Iceman era outro apelido dele. Show gravado no Japão.





Albert Collins - Mastercharge
A banda dele tinha uns metais muito bons. O cara toca 2 sax's ao mesmo tempo no começo dessa música. Show!





Albert Collins - Cold Cold Feelings
Show gravado em São Francisco, Califórnia, num festival de blues. Um puta sol, o vento balançando os coqueiros e um bom blues. Receita perfeita.




Stevie Ray Vaughan, BB King e Albert Collins - Texas Flood
Pra terminar, uma pequena jam session, só com feras da guitarra, tocando esse som do Steve Ray, que eu curto muito. Acho que tá faltando um post pra ele aqui...

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