02 dezembro, 2011

Robert Johnson's Cross Road Blues

Essa é uma animação muito interessante que conta, de maneira resumida, a história e os mitos por trás do ícone do blues, Robert Johnson. Desde o início duro, nas plantações de algodão, até o pacto na encruzilhada, o sucesso repentino, as mulheres e finalmente sua morte, que na animação é mostrada da maneira mais aceita pelos estudiosos: envenenado por um marido ciumento.

E termina com a seguinte frase: "Sem Robert Johnson, sem rock n' roll."



Encontrei no site Fundação Robert Johnson.

27 novembro, 2011

3 versões - All Your Love

All Your Love foi composta e gravada por Otis Rush em 1958. Ela é sua música mais famosa e a mais regravada por outros artistas. Ela toma emprestado algumas linhas de guitarra da música instrumental Lucky Lou, de Jody Williams.

Entre os artistas que regravaram essa música destaco John Mayall and the Bluesbreakers, em 1966, que contava com Eric Clapton na banda, Aerosmith, em 1977, Stevie Ray Vaughan, em 1980 e Gary Moore em 1990.

No ano passado a música foi introduzida no Blues Foundation Hall of Fame, que observou que a música foi uma inspiração óbvia para Beyond Here Lies Nothin, último single de Bob Dylan, de 2009. O guitarrista Peter Green disse em várias entrevistas que a música All Your Love foi sua inspiração ao escrever seu grande clássico Black Magic Woman, famosa na voz de Carlos Santana. O próprio Santana afirmou certa vez que "se você tirar a voz de Black Magic Woman e deixar somente o ritmo, é All Your Love, é Otis Rush!"


A primeira versão é a original, na voz de Otis Rush, e também a minha favorita.




A segunda versão é de John Mayall and the Blues Breakers, com Clapton na guitarra, que alterou levemente o riff principal.




Terceira e última versão, de Stevie Ray Vaughan, mais acelerada e virtuosa.



E fica a pergunta: Qual a sua versão favorita?

26 novembro, 2011

Missionários do Blues

Essa é uma banda aqui da minha cidade, Ribeirão Preto, SP, que já ouço a bastante tempo. Estou fazendo esse post com um pouco de atraso, porque hoje, dia 26 de novembro eles lançarão seu primeiro cd autoral com um show nos Estúdios Kaiser de Cinema.

É uma banda muito competente ao tocar blues, com bons solos de gaita e ótimos vocais de apoio. Deixo abaixo a biografia e os links oficiais da banda.

A banda Missionários do Blues foi criada em setembro de 1997, com o objetivo de participar do projeto “Músicos em Grupo” da USP. A idéia agradou e o grupo continuou na estrada após o evento, graças a iniciativa de HA banda Missionários do Blues foi criada em setembro de 1997, com o objetivo de participar do projeto “Músicos em Grupo” da USP. A idéia agradou e o grupo continuou na estrada após o evento, graças a iniciativa de Henry Blues Boy (gaitista) e Danilo Veríssimo (ex-guitarrista).

Inspirados pelos grandes bluesmen do Delta do Mississipi, de Chicago e New Orleans, os Missionários do Blues vêm disseminando a palavra sagrada do blues há mais de dez anos pela noite afora, tocando em palcos de Ribeirão Preto e outras cidades do interior paulista.

Os Missionários pregam a alegria e o alto astral em suas apresentações, interpretando um repertório recheado com o melhor do blues, soul e rhythm’n’blues, além de clássicos do rock e composições próprias.

Uma característica marcante da banda é o costume de contar com a participação de convidados especiais em suas apresentações. Grandes talentos da música sempre passaram pelo palco dos Missionários do Blues, contribuindo ainda mais para a qualidade do som.

http://www.myspace.com/missionariosrp
http://missionariosdoblues.blogspot.com/

02 novembro, 2011

Stevie Ray Vaughan - Texas Flood

Acho que já postei esse vídeo anteriormente, mas gostaria de compartilhar novamente. A música Texas Flood foi composta por Larry Davis e ficou no anonimato até que Stevie Ray Vaughan a regravou em seu álbum de estréia, que também leva o nome da música em questão.

Gosto muito desse vídeo porque ele mostra a melhor versão dessa música, na minha opinião. (Devo ter assistido esse vídeo mais de 40 vezes). No vídeo ele toca com uma pegada incrível, solando freneticamente, fritando, espancando, tirando o suco da guitarra, ou qualquer outro termo que você queira usar.

Acho uma pena ele ter sido mais um grande artista que teve uma morte precoce, pois o coloco como um gênio da guitarra, ao lado de Buddy Guy e Freddie King e tão bom quanto Jimi Hendrix. Coloque em full screen e aumente o volume!



O maior guitarrista branco de blues de todos os tempos. =]

James Son Thomas

James Thomas nasceu na cidade de Eden, no Mississippi, no dia 14 de outubro de 1926. Ele nunca conheceu seu verdadeiro pai e foi criado pelos avós maternos, que lhe deram o apelido de "filho" (son). Desde garoto ele demonstrava interesse pela música e por esculturas, feitas usando o barro do rio Yazoo.

Sua arte de esculpir começou a se tornar obscura quando resolver pregar uma peça em seu avô, que tinha muito medo do paranormal. Ele esculpiu uma caveira, com dentes feitos de grãos de milho, e a colocou em um lugar escuro, mas que era visível quando se acendia a luz. A brincadeira teve o efeito desejado, e seu avô tomou um tremendo susto. A partir desse dia ele passou a esculpir crânios, às vezes até usando dentes de verdade, que ele conseguia com os dentistas locais.

Ele chegou a ter suas esculturas mais populares expostas em museus e galerias em Nova Iorque, Los Angeles e Washington, onde na ocasião ele foi apresentado a então primeira-dama, Nancy Reagan, esposa do presidente Ronald Reagan.

A música era a outra paixão de Son Thomas, principalmente o blues, que ele conheceu através de artistas locais do delta, como Tommy McClennan, Arthur Big Boy Crudup e Skip James. Os primeiros acordes ele aprendeu com um tio e logo desenvolveu sua técnica, passando a tocar em festas locais, onde teve contato com alguns grandes nomes do blues como Sonny Boy Williamson II (Rice Miller) e Elmore James. Son Thomas inclusive aproveitou o fato de James deixá-lo tocar a seu lado para aprender algumas técnicas, com um cara que viria a se tornar uma das maiores lendas do blues.

Logo ele se tornaria conhecido em sua região, tocando e compondo alguns clássicos, como Cairo Blues e Beefsteak Blues. Infelizmente, como muitos artistas da época, sua música era desconhecida para o resto do mundo, forçando-o a trabalhar duro, inicialmente como coveiro e depois, com a saúde já debilitada, numa loja de móveis.

Sua sorte começou a mudar quando ele foi descoberto, em sua casa, na cidade de Leland, pelo pesquisador Willian Ferris. Thomas se tornou o personagem principal de um livro, Blues From The Delta, e de cinco filmes de Ferris, "Mississippi Delta Blues" (1969), "James 'Son Ford' Thomas: Delta Blues Singer" (1970), "Give My Poor Heart Ease" (1975), "I Ain't Lying" (1975) e "Made In Mississippi" (1975).

Através desses documentários, James Son Thomas se tornou conhecido e além de tocar em várias partes dos Estados Unidos, excursionou pela Europa a partir do ano de 1981. Nessa turnê ele era apresentado como o último representante do legítimo blues do delta. Ainda nessa época ele também gravou vários discos, os quais destaco Highway 61 Blues, Son Down On The Delta e Bottomlands, gravado com seu amigo, o gaitista Walter Liniger, no ano de 1990, disco foi postado aqui no blog. Acesse clicando aqui.

Os constantes problemas de saúde faziam com que ele aparentasse uma idade muito superior a que ele realmente tinha. Em maio de 1993, após um derrame, ele foi internado no hospital de Greenville, no Mississippi, de onde nunca mais saiu com vida. Ele morreu em 26 de junho de 1993, vítima de um ataque cardíaco, aos 66 anos. Sua lápide foi financiada por John Forgety, vocalista do Creedence, que além dessa, também financiou a lápide de Charley Patton.

Enjoy:

Nesse vídeo James Son Thomas toca a clássica canção Dust My Broom, de autoria contestada, entre Elmore James e Robert Johnson.





Aqui Son Thomas toca Beefsteak Blues, a minha música favorita dele. "Beefsteak when I'm hungry, and whisky when I'm dry..."

23 outubro, 2011

Sonny Boy Williamson & The Yardbirds

Password: 360grauss.blogspot.com

Esse disco expressa bem o que foi a invasão do blues norte americano em território britânico e a influência do blues no som da terra da rainha.

No final de 1963 Sonny Boy foi à Inglaterra com o festival American Folk Blues e durante sua estadia lá assistiu a um show dos Yardbirds. Combinaram então a reunião e a gravação de um disco ao vivo. As gravações ocorreram no dia 08 de dezembro de 1963 no Crawdaddy Club, em Richmond. Nessa época a formação dos Yardbirds contava com um guitarrista de peso: ninguém menos que Eric Clapton.

Não vou citar faixas favoritas porque esse é um disco que escuto de ponta a ponta. Curto muito Sonny Boy.

Tracklist:

1. Bye Bye Bird
2. Mr. Downchild
3. 23 Hours Too Long
4. Out on the Water Coast
5. Baby Don't Worry
6. Pontiac Blues
7. Take It Easy Baby [Version One]
8. I Don't Care No More
9. Do the Weston
10. The River Rhine
11. A Lost Care
12. Western Arizona
13. Take It Easy Baby [Version Two]
14. Slow Walk
15. Highway 69


*Garimpado no 360grauss
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